sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Liberdade


Bom dia!

Ontem aproveitei as férias das aulas e a volta da viagem para ir ao culto. 
O tema era interessante: "Eu quero glorificar a Deus!" e acabou entrando no mérito da liberdade cristã. Coríntios 10 era o texto base a ser estudado:

"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus."
(1 Coríntios 10:31)

O Pastor nos trouxe uma reflexão interessante sobre o assunto e fez a pergunta: 
O que é a liberdade para o cristão?
Eu estava nas cartas do camarada, então fui de Paulo:

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."
(Gálatas 2:20)

Acreditando que a liberdade do cristão é condicionada a Cristo, porque quando nos tornamos salvos morremos para o mundo e vivemos, pela fé, a vontade de Deus para as nossas vida. Isso é o nosso desejo, nosso alvo, o que devemos fazer. A nossa vontade é a de fazer a vontade de Cristo. 

Um irmão rebateu com um texto, também de Paulo:

"Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço."
(Romanos 7:19)

Na hora, eu pensei muitas coisas que poderiam ser ditas, mas estávamos falando sobre sabedoria e escandalizar o irmão, não achei apropriado, rs. Mas algo que o irmão não deve ter reparado é na sequencia do texto:

"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito."

(Romanos 8:1-4)

Se continuarmos a ler este capítulo citado pelo irmão, vamos notar que Paulo se coloca no "fundo do poço", justamente, para glorificar a Cristo. Glorificar aquele que fez com que ele não mais vivesse na carne, aquela que faz o mal, mas no espírito, o que vive a vontade de Deus. 

Se o argumento era que a liberdade está ligada a carne, Paulo também fala sobre isso. É só voltar a Gálatas: 

"Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor."
(Gálatas 5:13)

A bíblia enfatiza a liberdade ligada a vontade de Deus:

"Assim observarei de contínuo a tua lei para sempre e eternamente.
E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos."

(Salmos 119:44-45)

"E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.
Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.
Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."

(2 Coríntios 3:15-18)

Deus é o Espírito e onde está o Espírito de Deus há liberdade! Onde Ele habita a sua vontade impera! 

A ideia de liberdade, no Antigo Testamento, nos remete ao background de aprisionamento, escravidão. Uma ideia de que após um cativeiro, uma prisão, vem a liberdade que traz consigo a felicidade de quem foi liberto da servidão e pode viver livre de todo o mal. Já no novo testamento, a liberdade se torna a descrição da salvação.

Paulo desenvolve bem essa ideia de liberdade em suas cartas, nas quais Deus, através de Cristo, liberta seu povo de quem aprisiona e escraviza: Satanás, a lei e a morte.

Paulo dá grande importância ao pensamento que Cristo é quem traz a liberdade para os crentes das influencias às quais estavam escravizados: o pecado, a lei como sistema de salvação, o poder das trevas descrito em Colossenses, as tradições pagãs e culturais. 

Essa liberdade, em todos os seus aspectos, é dom de Cristo, o qual, mediante a morte, comprou seu povo e o tirou da escravidão. E essa liberdade da imposição da lei, do pecado e da morte, é dada aos crentes por meio do Espírito. 

Ser liberto da culpa e adotado como filho e herdeiro de Deus é maravilhoso. A reação humana a esse dom da liberdade é a livre aceitação de serviço, no caso, a entrega total:

"Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando."
(João 15:14)

A liberdade de um crente não é isenção de responsabilidade e nem aprovação para a libertinagem.
Não estamos vivendo na lei para que haja salvação, mas não podemos deixar de ter regras. Jesus nos mostra que a lei divina permanece como um guia referente a vontade de Deus para conosco.

Interpreto a liberdade cristã como estar livre para amar e servir a Deus e ao seu trabalho. Não como desculpa para libertinagem ou falta de responsabilidades.
Eu quero é glorificar a Deus!

Obrigado pelo estudo Pr. Gérson. 

Raul Gomes

God Bless Us

Twitter: @RaulGomes_ / @EmSinai 
Email: raul.silva3@fatec.sp.gov.br  

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Aonde vai sua igreja?



Bom dia!
Estava conversando com o meu pastor à respeito da vida e ele sempre me faz refletir sobre valores.
São poucos os que têm a oportunidade de ter alguém com valores tão claros e postos sob a palavra, como o Pr. Neidivaldo.

Ele me disse algo que sempre é dito, mas que poucas vezes paramos para refletir sobre: "Deus age por princípios e não devemos negociar isso".

Comecei a pensar em alguns princípios, dispensações e queria dividir isso com vocês.

"Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós." (João 8:37)

Neste episódio, muito conhecido, Jesus explica sobre quem Ele é, e, durante a leitura do capítulo expõe alguns princípios. Analisando o texto, esse trecho me chamou a atenção e me causou um impacto interpretativo.

O final do versículo diz: "... procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós". E, nada melhor para falar sobre princípios do que encontrar um texto em que Jesus expõe claramente alguns.
O texto discorre sobre uma situação em que um grupo apresenta seus princípios a Jesus e Ele apresenta os seus, como um debate.

Um dos princípios de Deus é a autoavaliação, o autoexame que descende do nossa livre escolha, dado a Adão:

“De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás” (Gênesis 2:16b e 17)

Deus não tira o nosso direito de fazer, mas Ele nos dá limites.
Podemos constatar isso na passagem discorrida nos evangelhos sobre uma mulher adultera, lemos que o Senhor Jesus disse que não a julgaria. Comparou os pecados dos seus acusadores aos dela. Disse: Quem não tem pecado que atire a primeira pedra.

Jesus queria mostrar que temos o direito de ultrapassar os limites impostos por Deus, mas uma vez que o fazemos, teremos consequências. Colocamos em cheque aquilo que Deus preza e zela. Adão foi expulso do Éden, a mulher adultera perderia sua vida. Todos os nossos atos estão submetidos à avaliação humana e espiritual. Falei tanto para poder chegar ao ponto: Aonde vai sua igreja? Igreja, porque é dela que os cristãos elegem os seus valores.

E, infelizmente, eles estão mais sensíveis a práticas mundanas, nos dias atuais.
Gostaria que você levasse a sua igreja (seus valores), por onde fosse com as pessoas que estiver se relacionando ou no que for fazer. Preze, zele pela sua igreja.

Não procure matar Jesus porque o que Ele disse não se encaixa com o que você vive.
Não procure sufocar os valores de Deus porque eles não se encaixam com os seus valores. Não procure frustrar os planos de Deus porque eles são diferentes dos seus. Não procure criar armadilhas nos caminhos do Senhor porque são diferentes daqueles que trilha.

Não procure matar a Jesus e seus princípios...
Até onde vamos carregar nossos valores? Até onde chegaremos? Como podemos viver no mundo carregando eles?

É uma autoavaliação! Só tenho um conselho: Não procure matar os princípios de Deus.


Raul Gomes

God Bless Us

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