segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Amigos


"Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." (João 15:15)


Bom dia!
Depois de um bom tempo resolvi voltar a escrever aqui. Não sei se alguém lembrará:
O intuito inicial do blog era o de expor as opiniões sobre a bíblia de três amigos. 
No começo, planejamos, tínhamos marcado reuniões, etc. 
O curso natural da vida de cada um acabou nos afastando e isso fez com que cada um se distanciasse do blog também.
Hoje, volto aqui, justamente por esses amigos.

Acredito que em torno de 20 anos da nossa amizade nós tivemos tempo para saber o que o outro faz.
Claro que nem sempre e nem como queríamos, mas acompanhamos a vida um do outro.
Calma, não lançarei biografias não autorizadas, rs.

Foram tempos bons, anos na igreja: aprendendo juntos, brincando juntos e criando valores juntos. 
Quero que meus amigos sempre se lembrem disso: os valores que compartilhamos.
Deus nos dá a condição de nos tornamos amigos, a oportunidade de conhecê-lo e, essa amizade é o que nos sustentou até hoje.

Acredito que Jesus nos ensinou muito ao escolher as 12 pessoas que andariam com ele.
Serão 12. Mas não serão iguais. Serão 12. Mas um será falso. Serão 12. Mas um irá dizer que não me conhece. Serão 12. Mas um não irá acreditar. Serão 12 para ensinar através deles.
Acredito que os anos que passaram juntos criou um vínculo muito forte, uma amizade.


"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15:13)


E, Jesus deu a vida por esses amigos e todos aqueles que viriam a se tornar amigos de Deus. 
Quando penso isso, nesse atributo de Jesus, é instantâneo: O que eu tenho feito por meus amigos?

Esses dias, um me pediu ajuda e eu não soube o que dizer, corri para a bíblia e descobri:
Preciso dedicar a vida aos meus amigos.
O trecho do texto é claro: ninguém tem amor maior... ninguém! 
Mas o mínimo da amizade é dedicação. 

O quanto tenho dedicado para ver meus amigos fortalecidos?
Quantos amigos meus já não estão mais nas igrejas?
Quantos amigos perderam a fé?
Quantos amigos nunca olharam para mim e tiveram a vontade de conhecer a Jesus?
Quantos amigos se esqueceram dos valores que aprendemos juntos?
Quantos...

Eu comecei a temer que o número aumentasse e oro para que eu tenha sabedoria com aqueles que ainda me conhecem para poder chamar de amigos. Podem me restar poucos, talvez, menos que doze.
Mas quero que cada um saiba a quem eu sigo e que eu dedico tempo para minhas amizades conhecerem o meu melhor amigo, que deu a vida por mim.

Quero que esse ano que se aproxima me traga mais compromisso e restaure amizades.
Que não me afaste da dedicação aos bons amigos.
Mas que me aproxime, junto com eles, a Deus.


Raul Gomes


God Bless Us



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Email: raul.silva3@fatec.sp.gov.br 


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cristo ou Barrabás ?



“Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse. E tinham então um preso bem conhecido, chamado Barrabás. Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?” (Mateus 27:15-17)
Quem você libertaria? Para quem daria a liberdade? Para quem daria a sentença de morte? Para um inocente ou para um ladrão?
“E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. O presidente, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado. ” (Mateus 27:21-23)“ Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:11)
É triste ver que o Messias ali estava e a multidão o julgava culpado pelos seus próprios pecados, os pecados que não pertenciam a Cristo, mas que lhe foram atribuidos. Movido por amor ele olhava a multidão e tinha compaixão por aquelas pessoas, tinha em mente que teria que cumprir sua missão, seu plano era exatamente para salvar aquele tipo de pessoas, as ingratas, as que viraram as costas para o Pai, as que pediam para que o mal fosse libertado, para que viesse sobre si o mal e em troca, em troca dariam como sacrifício o filho do Deus vivo.
Barrabás estava representando o pecado, Cristo a pureza.  E a escolha do homem foi o pecado, em momento algum optaram por se tornarem puros.
Pedro, no livro de Atos, remete o povo a reflexão do que eles fizeram depois de uma cura:

"O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus, a quem vocês entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele tivesse decidido soltá-lo. Vocês negaram publicamente o Santo e Justo e pediram que lhes fosse libertado um assassino. Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E nós somos testemunhas disso." (Atos 3:13-15)
Hoje estamos condenando a nossa inocência? Temos dado lugar aquilo que nos mata? Você tem exaltado o nome de Cristo ou vive por ai gritando: “- Crucifique-o, Crucifique-o. Solte Barrabás!” ? Muitas vezes nossas atitudes condenam a Cristo, agimos de forma que Cristo tenha que morrer por nossos pecados, não nos satisfazemos com o puro e temos que libertar o mal. Sim, era o plano divino ali, mas claramente, o momento foi usado para que Deus mostrasse a humanidade o quão longe de Deus ela estava, o quanto ela precisava do Messias, tanto que não sabia reconhecê-lo. Ele habitou entre os seus, fez milagres, sinais, curas, nada disso foi o bastante para o povo, povo que precisava da compaixão de Deus, precisava que o sangue fosse derramado para a remissão dos seus pecados. Deus não via mais justiça em seu povo, tanto que resolveu testá-la, colocada em teste ela elegeu um assassino, um homicida e condenou um inocente, mesmo tendo total consciência disso. Deus prova a humanidade o quanto ela estava em um caminho errado, sem salvação. A humanidade rejeitou o melhor de Deus, o melhor que Deus ofereceu a ela, seu filho, o próprio Deus encarnado. A humanidade inteira deu as costas para o Criador naquele momento, ninguém queria estar ao seu lado, ninguém queria passar pelo que ele teve que passar, mas alguém teria que passar por aquilo.
Cristo carregou todos os nosso pecados naquela cruz, se tornou o mais indigno dos homens por levar todos os nossos pecados, creio que nem o Pai reconhecia o próprio filho, não o aceitava naquele momento, quando leio em Marcos 15:34:
“Elói, Elói, lamá sabactâni”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes?”  
Não creio no abandono total de Deus naquele momento, mas creio que Deus não suportava olhar para o seu filho naquele estado, não conseguia ter a relação com de Pai e Filho para com Cristo, porque a própria bíblia fala que não há comunhão entre a luz e as trevas e Cristo estava coberto por nossos pecados, portanto coberto de trevas. Tudo isso ele sofreu para mostrar que nossa vida tem valor, que a nossa vida vale a vida dele, que a nossa vida tem um propósito.
Depois dessa prova de amor, depois de alguém se tornar indigno aos olhos do próprio pai por você, você ainda grita: -Crucifique-o? Você ainda pede para que Barrabás seja liberto? Você ainda clama pela morte de um inocente?
Não fique indiferente também, em cima do muro, assim como Pilatos que, lavou suas mãos e assim condenou um inocente, consciente disso:
“Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso. E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.” (Mateus 27:24-25)
Realmente, o sangue de Cristo caiu sobre todos, para remir a culpa dos que o aceitaram e para condenar os que o rejeitaram. Até hoje temos o peso desse sangue em nossas costas. Devemos decidir de qual lado da multidão estaremos.
Apesar da rejeição, Cristo amou a todos aqueles que o condenaram e acredite, se uma vida ali foi salva valeu a pena para ele. Hoje, se uma vida for salva, para Cristo será válido todo aquele sacríficio, aquela dor, aquele sofrimento. Deus procura verdadeiros adoradores, que a qualquer momento exaltem o seu nome e não que se juntem para gritarem a favor da multidão que o crucificou, ele não quer encher o céu de pessoas vazias, ele quer o céu cheio de verdadeiros adoradores. Se uma vida for salva, valerá a pena.
Cristo está dizendo isso para você hoje: Se a sua vida for salva pelo meu sangue, valeu a pena, foi por você que morri.
Aceite, não se junte a multidão, vá contra ela. Seja a favor da pureza e da santidade em sua vida, rejeite o mal.
E ai, Cristo ou Barrabás?

Raul Gomes


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