quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cristo ou Barrabás ?



“Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse. E tinham então um preso bem conhecido, chamado Barrabás. Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?” (Mateus 27:15-17)
Quem você libertaria? Para quem daria a liberdade? Para quem daria a sentença de morte? Para um inocente ou para um ladrão?
“E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. O presidente, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado. ” (Mateus 27:21-23)“ Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:11)
É triste ver que o Messias ali estava e a multidão o julgava culpado pelos seus próprios pecados, os pecados que não pertenciam a Cristo, mas que lhe foram atribuidos. Movido por amor ele olhava a multidão e tinha compaixão por aquelas pessoas, tinha em mente que teria que cumprir sua missão, seu plano era exatamente para salvar aquele tipo de pessoas, as ingratas, as que viraram as costas para o Pai, as que pediam para que o mal fosse libertado, para que viesse sobre si o mal e em troca, em troca dariam como sacrifício o filho do Deus vivo.
Barrabás estava representando o pecado, Cristo a pureza.  E a escolha do homem foi o pecado, em momento algum optaram por se tornarem puros.
Pedro, no livro de Atos, remete o povo a reflexão do que eles fizeram depois de uma cura:

"O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus, a quem vocês entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele tivesse decidido soltá-lo. Vocês negaram publicamente o Santo e Justo e pediram que lhes fosse libertado um assassino. Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E nós somos testemunhas disso." (Atos 3:13-15)
Hoje estamos condenando a nossa inocência? Temos dado lugar aquilo que nos mata? Você tem exaltado o nome de Cristo ou vive por ai gritando: “- Crucifique-o, Crucifique-o. Solte Barrabás!” ? Muitas vezes nossas atitudes condenam a Cristo, agimos de forma que Cristo tenha que morrer por nossos pecados, não nos satisfazemos com o puro e temos que libertar o mal. Sim, era o plano divino ali, mas claramente, o momento foi usado para que Deus mostrasse a humanidade o quão longe de Deus ela estava, o quanto ela precisava do Messias, tanto que não sabia reconhecê-lo. Ele habitou entre os seus, fez milagres, sinais, curas, nada disso foi o bastante para o povo, povo que precisava da compaixão de Deus, precisava que o sangue fosse derramado para a remissão dos seus pecados. Deus não via mais justiça em seu povo, tanto que resolveu testá-la, colocada em teste ela elegeu um assassino, um homicida e condenou um inocente, mesmo tendo total consciência disso. Deus prova a humanidade o quanto ela estava em um caminho errado, sem salvação. A humanidade rejeitou o melhor de Deus, o melhor que Deus ofereceu a ela, seu filho, o próprio Deus encarnado. A humanidade inteira deu as costas para o Criador naquele momento, ninguém queria estar ao seu lado, ninguém queria passar pelo que ele teve que passar, mas alguém teria que passar por aquilo.
Cristo carregou todos os nosso pecados naquela cruz, se tornou o mais indigno dos homens por levar todos os nossos pecados, creio que nem o Pai reconhecia o próprio filho, não o aceitava naquele momento, quando leio em Marcos 15:34:
“Elói, Elói, lamá sabactâni”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes?”  
Não creio no abandono total de Deus naquele momento, mas creio que Deus não suportava olhar para o seu filho naquele estado, não conseguia ter a relação com de Pai e Filho para com Cristo, porque a própria bíblia fala que não há comunhão entre a luz e as trevas e Cristo estava coberto por nossos pecados, portanto coberto de trevas. Tudo isso ele sofreu para mostrar que nossa vida tem valor, que a nossa vida vale a vida dele, que a nossa vida tem um propósito.
Depois dessa prova de amor, depois de alguém se tornar indigno aos olhos do próprio pai por você, você ainda grita: -Crucifique-o? Você ainda pede para que Barrabás seja liberto? Você ainda clama pela morte de um inocente?
Não fique indiferente também, em cima do muro, assim como Pilatos que, lavou suas mãos e assim condenou um inocente, consciente disso:
“Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso. E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.” (Mateus 27:24-25)
Realmente, o sangue de Cristo caiu sobre todos, para remir a culpa dos que o aceitaram e para condenar os que o rejeitaram. Até hoje temos o peso desse sangue em nossas costas. Devemos decidir de qual lado da multidão estaremos.
Apesar da rejeição, Cristo amou a todos aqueles que o condenaram e acredite, se uma vida ali foi salva valeu a pena para ele. Hoje, se uma vida for salva, para Cristo será válido todo aquele sacríficio, aquela dor, aquele sofrimento. Deus procura verdadeiros adoradores, que a qualquer momento exaltem o seu nome e não que se juntem para gritarem a favor da multidão que o crucificou, ele não quer encher o céu de pessoas vazias, ele quer o céu cheio de verdadeiros adoradores. Se uma vida for salva, valerá a pena.
Cristo está dizendo isso para você hoje: Se a sua vida for salva pelo meu sangue, valeu a pena, foi por você que morri.
Aceite, não se junte a multidão, vá contra ela. Seja a favor da pureza e da santidade em sua vida, rejeite o mal.
E ai, Cristo ou Barrabás?

Raul Gomes


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